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03/06/2025 às 15:00, Atualizado em 03/06/2025 às 15:28 142s4e

Polícia Civil deflagra operação contra quadrilha que clonou telefone do governador de MS 8p2k

Durante a operação, foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão nas cidades de Cuiabá e Várzea Grande

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Eduardo Riedel durante o Lide Brazil Conference, em Londres. Foto - Arquivo

A Polícia Civil de Mato Grosso deflagrou na manhã desta terça-feira (3) a operação Porta 67, com o objetivo de desarticular uma quadrilha especializada em fraudes por meio da portabilidade telefônica. O grupo criminoso ou a ser investigado em maio de 2023, após o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), ter o telefone clonado em um esquema que utilizava os internos de operadoras de telefonia.

Durante a operação, foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão nas cidades de Cuiabá e Várzea Grande, onde os principais suspeitos estariam operando. Segundo a Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCI), os criminosos manipulavam sistemas internos das operadoras, adquiriam chips em grande quantidade e utilizavam s legítimos para burlar os mecanismos de segurança das empresas de telefonia.

O golpe aplicado no governador ocorreu quando sua linha telefônica foi transferida indevidamente para outra operadora, sem seu conhecimento. A quadrilha utilizou dados pessoais de Riedel e realizou o processo de portabilidade com sucesso, fazendo com que ele perdesse temporariamente o o ao seu número.

A investigação, inicialmente conduzida pela Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, foi reada para a equipe de Mato Grosso após se confirmar que os responsáveis atuavam a partir de Várzea Grande. A ação resultou na abertura de inquéritos por tentativa de estelionato e associação criminosa.

Segundo a Polícia Civil, a solicitação de portabilidade foi feita por telefone, utilizando um número registrado em nome de uma ex-funcionária da operadora. A autenticação da operação foi realizada por uma vendedora de uma loja autorizada localizada em um shopping da cidade. Já o chip usado para habilitar a linha foi ativado por outra integrante do grupo, que, ao lado de um comparsa, comprava dispositivos pré-pagos em grande quantidade. Esses chips eram cancelados e posteriormente reutilizados para aplicação de golpes.

“As diligências revelam uma atuação articulada, com divisão de tarefas e conhecimento técnico sobre os sistemas das operadoras. O foco na repressão a crimes digitais se torna cada vez mais urgente diante da sofisticação dessas práticas”, destacou o delegado Guilherme Berto Nascimento Fachinelli, titular da DRCI.

Apesar de os prejuízos diretos terem sido causados apenas ao governador, a polícia alerta que o grupo representava um risco grave à segurança digital de autoridades públicas e da população em geral. Esta não foi a primeira vez que Riedel foi vítima de crimes cibernéticos, em 2022, ele já havia registrado outro episódio semelhante.

A Polícia Civil segue com as investigações para identificar outros possíveis envolvidos e a extensão das fraudes cometidas pela quadrilha.

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