Em um ano, operações policiais em Mato Grosso do Sul prenderam 72 investigados por abuso sexual de crianças e adolescentes, conforme dados da DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente). O que mais chama a atenção é que os presos se tratam de familiares das vítimas, líderes religiosos e até motorista de Conselho Tutelar.
O número é considerado alto e mostra que as operações têm surtido efeito, segundo a polícia. Elas servem justamente para cumprir mandados de prisão e de busca e apreensão, assim obtendo provas dos crimes e não colocando as vítimas desses abusos em risco com a liberdade de investigados.
Em Mato Grosso do Sul seis grandes operações foram realizadas no período de um ano, de maio no ano ado até hoje. São elas: Sentinella, Terabyte, Proteção Integral II, Caminhos Seguros e Hagnos. Durante essas ações, ao todo, foram expedidas 61 ordens de prisão e 53 de busca e apreensão contra investigados, além de 11 pessoas serem presas em flagrante.
O que mais chama a atenção é que os abusadores estão dentro da própria casa das vítimas. São pais, tios, irmãos e até mãe. Em um dos casos, uma mulher foi presa na cidade de Bonito, condenada a 12 anos por estupro de vulnerável. Ela foi localizada em novembro do ano ado.
E nem quem está dentro da igreja ficou fora da mira da polícia. Casos graves chamaram a atenção neste período, como um registrado em setembro do ano ado. Um pai de santo foi preso acusado de dopar e estuprar menores de idade. Ele chegou a "casar" com menino de 16 anos.
Um pastor também foi preso no Bairro Aero Rancho, em março deste ano. Segundo a investigação, o líder religioso era solicito com todos do bairro, "bondoso", e longe de qualquer suspeita. Ele atraía fieis vulneráveis, as estuprava durante ritual de "limpeza espiritual", além de fazer ameaças. O homem até controlava o ciclo menstrual das vítimas.
Na quinta-feira, em Campo Grande, investigadores e delegados distribuíram cartilha sobre ameaças digitais. "Para que as crianças e adolescentes tenham conhecimento dos crimes que são praticados contra eles no âmbito virtual. Para que tomem cuidado com quem conversam, tipo de brincadeira, tipo de jogos", explica a delegada Anne Karine Sanches.
A polícia informou que continuará com as ações de combate ao abuso sexual de crianças e adolescentes, sendo que outras operações serão desencadeadas. Com informações do Campo Grande News.
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